quarta-feira, 20 de julho de 2011

Confissão de mim para você

Primeiramente, antes de mais nada, devo lhe dizer que aqui não são palavras escritas (ou digitadas); são todos os meus sentimentos inscritos e expressados nelas, e nunca senti tamanha intesidade ao escrever como sinto sempre que escrevo algo relacionado à você. Palavras podem ser só palavras, mas aqui você lerá meu coração e isso tá parecendo um pouco careta e clichê, mas ok. Vou fazer uma confissão um tanto óbvia: eu preciso de você. Mas não conta pra ninguém, quero que você guarde isso pra você, afinal, ninguém precisa saber mesmo. Hoje acordei com vontade de lhe ver, de ouvir sua voz, de entrelaçar meus dedos nos seus, ficar em silêncio - ou falar qualquer coisa que pudesse me fazer prestar atenção somente na tua voz e nos teus gestos, com seu sorriso de canto no final da frase -, olhar teus olhos lindos verde-azulado que me encantam e deitar no seu peito sentindo seu coração acelerado bater pelo meu. Acordei com vontade de me perder um pouco no teu sorriso que formam aquelas covinhas que fazem eu me apaixonar sempre um pouco mais por você. Acordei com vontade de olhar nos seus olhos e ouvir você sussurrar que me ama. De você segurar firme a minha mão, como quem quer dizer: "não quero soltá-la mais"; não faz ideia do quanto é importante eu sentir isso. De você me apertando - num abraço de sufocar, mas que me passa toda a segurança do mundo -, revidando minhas mordidas e nós acabando dando risada por eu ter te machucado, ou você ter me machucado; também não tem muita importância, no fim das contas até que se torna uma dorzinha boa e logo um beijo aqui ou ali faz tudo ficar melhor. Acordei depois de custar a ir dormir, procurando uma posição confortável para pegar no sono, mas a verdade era que eu estava mesmo procurando por você e foi só imaginando você comigo que o sono veio, talvez para fazer a gente se encontrar nos sonhos e me deixar descansar pelo menos um pouco. Mas é que, ainda assim, não foi o bastante para fazer diminuir essa urgência e necessidade que eu sinto em te ver, em te ter; acordei com vontade extrema (e pode chamar até de absurdo, eu concordo, mas não me importo: que seja) de ouvir você me chamar de "minha pequena", de me deixar sem graça por imitar alguma feição minha ou me tirar do sério. Acordei com saudade de você. Eu sei, não faz nem 24 horas que nos vimos, mas a verdade é que sinto saudade até mesmo quando estamos juntos, prestes a ser obrigados a nos despedir e cada um tem que ir pra casa. Sinto como se uma grande parte de mim estivesse indo embora com você, e esse aperto que também pode ser saudade, dói aqui dentro no peito. 

Confesso que amo cada detalhe que você possui, só por ser você que os possui. Que eu amo até os teus defeitos, até mesmo quando você me irrita ou reclama por eu bagunçar seu cabelo e tirar todo o gel - imagino que deve ter durado algum tempo para ficar do jeito que você queria - mas só reclama porque sabe que vou bagunçar ainda mais, e no fim você acaba entregando o jogo: eu posso mexer no teu cabelo a hora que quiser, mesmo que pra bagunçar e dizer que prefiro assim: todo desalinhado. Confesso que quando me afasto, é quando mais quero que você chegue mais perto. Que quando eu digo "não" é a maneira mais inconvincente de dizer "sim". E se eu sair correndo, ir embora, por favor, me puxe pelo braço, me faça ficar. Preciso dizer que no meio da noite, enquanto estive imersa à insônia, pensei em te ligar, só pra ouvir a sua voz de sono no outro lado da linha e eu esquecer de colocar número restrito - mesmo não sabendo como fazê-lo - pra você não saber que sou eu ligando só pra te acordar de madrugada. Mas sei que iria aparecer meu nome na chamada, e provavelmente você pensaria que eu estaria ligando pra dizer algo suficientemente importante que te faça me perdoar por tamanho incômodo e cara de pau da minha parte. E quando ouço sua voz atender, minha respiração se altera no ritmo do meu coração: fica mais acelerada, ofegante. Mas não digo nada, só ouço e logo desligo na sua cara e rio comigo mesma por ter feito isso. Sinto uma pontada de dó e arrependimento, mas nada que faça eu ter sensação melhor do que a de ter te ouvido quando o causador da minha inquietude e insônia é você e isso parece ser um pouco justo. E sinto vontade de te chamar pra vir no meu portão de madrugada, e ficar na rua - ou em qualquer lugar que seja com você - pra jogarmos conversa fora, olharmos as estrelas e fazer alguns planos pro futuro. 

Lembro da vez em que nos encontramos pela primeira vez, eu meio tímida, você olhava algumas vezes e meu coração saltava dentro do meu peito. É que pra falar a verdade, acho que quando ele passou a bater mais forte, desde o primeiro momento em que eu te vi - e não entendia o porquê de sempre sentir meu ar ser tirado -, ele batia por você. Das vezes em que de longe te observava imaginando como era a sua voz, observando você sorrir distraidamente eu me pegava sorrindo sozinha, mesmo sem saber o motivo do seu sorriso, mesmo sem me dar conta de que o motivo do meu sorriso era o seu. Lembro que imaginava como seria se um dia nos falássemos, o que iríamos falar, se seria algum assunto interessante o bastante que fizesse nós dois não querer sair da conversa, e se algum dia iríamos ter algum tipo de aproximação. Sabe, lembro que lá no comecinho, quando só te observava, imaginava como seria nossa aproximação, pois no fundo eu já sabia que alguma hora isso ia acontecer. Mesmo tendo dúvidas, mesmo parecendo um pouco impossível pois não tinha aparentemente nenhum meio que me fizesse chegar até você. Lembro de querer saber qual signo você era, e ter mandado algumas amigas ir perguntar (mas de maneira alguma denunciar que a autora da pergunta era eu). Mas lembro quando insegura, nervosa, inquieta, resolvi dar um passo na curiosidade que eu tive de ir falar com você, mesmo que nenhum assunto rendesse e eu me arrependesse completamente por ter mandado aquele "oi" depois de abrir sua janelinha no MSN umas mil vezes e após alguns minutos observando sua foto, escrever, apagar e escrever de novo um simples oi que custei um tempo pra mandar. Lembra quando na nossa primeira conversa, descubrimos ter muitas coisas em comum? Parecia inacreditável. Embora pra mim você parecesse mais um cara metido a garanhão e pra você eu parecesse mais uma garotinha gamada na sua beleza, bastou alguns minutos conversando pra sabermos que não fora beleza, terceiros, nem nada superficialmente forçado que nos uniu; foi algo maior, mais intenso, mais preciso. Precisamente, o que nos uniu foi o destino e eu acredito mesmo nisso. Mas seja lá o que tenha sido o que nos uniu de verdade, eu só tenho a agradecer, pois nunca ninguém antes me fez sentir o que você fez: não só as borboletas descontroladas no meu estômago e a sensação boa de criar ilusões, mas também por fazer todas elas se tornarem incrivelmente reais. Lembrando dos nossos momentos, gosto de saber que tudo aconteceu no momento certo, como tinha que acontecer. Que talvez, a gente tinha mesmo que se encontrar, e no meio de tantos casos errados (de ambas as partes), nos encontramos pra fazer dar certo. Pra sermos os certos. Eu feita pra você, e você feito pra mim. Preciso ressaltar que amo irrevogavelmente seu abraço apertado, confortável que ainda por cima deixa seu cheiro na minha roupa, na minha pele. Porque, não sei se é porque me apeguei demais à você, que não consigo mais imaginar ao meu lado, caminhando comigo, me segurando, alguém que não seja você. Porque não consigo imaginar outro perfume sem que o seu venha logo a minha mente trazendo seu cheiro mesmo sem você estar por perto. Porque não consigo, de forma alguma, amar alguém como eu amo você. E não existe ninguém capaz de compreender isso; o medo, o receio de perder você um dia. Porque não posso, não quero largar você, assim como também não quero que você large de mim. Que apesar dos meus muitos defeitos, do meu gênio forte e um tanto de impulsividade e grosseria, você sabe que no fundo, mesmo que não pareça, eu tenho uma sensibilidade muito grande e que você não desista de mim por eu ser tão sagitariana.

Faço preces, desejos e nos meus planos você sempre aparece. Que no "um dia chegarei lá" vejo você nesse "lá" esperando por mim na sala da nossa casa, para irmos jantar numa sexta-feira à noite em algum restaurante meu (ou seu, ou nosso) preferido. Nós nos formando em uma faculdade, preparando nosso casamento quando viesse a estabilidade financeira. Nossas famílias reunidas em um almoço de domingo especulando quantos netos daremos aos nossos pais. Nós escolhendo os móveis da nossa casa. Você me emprestando uma camisa tua, que ficará grande e larga em mim. Nós vendo algum filme sábado a noite, e acabo adormecendo nos seus braços. Eu entrando numa ingreja, vendo você do outro lado me esperando com um sorriso de orelha a orelha no altar, e eu feito boba me derramando em lágrimas e acabando por borrar a maquiagem. Você me carregando no colo até o nosso quarto, e ao lado da nossa cama um porta-retrato com a foto do nosso casamento. Quando você chegasse do trabalho, encontrasse as crianças brincando na sala, pulando em cima de você mesmo cansado de um dia cheio, enquanto eu preparo o jantar. Você me lembrando todos os dias o quanto me ama e o quanto se sente realizado por me ter como esposa, companheira e mãe dos seus filhos. No fim do dia, faço cafuné no seu cabelo e mantendo meu jeito de menina pra que você não esquecesse os motivos que o fez se apaixonar por mim. Sendo mulher, mas ainda sim, uma menina. A sua menina, a sua pequena. Quero que, apesar da correria do dia-a-dia, o cansaço e a rotina, você me queira sempre em seus planos, sempre me incluindo neles.

Não importa o que virá pela frente, as futuras dificuldades, eu só não quero que você solte a minha mão. Porque juntos, eu sei que podemos enfrentar qualquer coisa. E se eu tivesse direito a fazer um pedido, eu ainda pediria você. Minhas escolhas serão sempre você. Por isso, quero que seja assim, sempre o meu essencial, a melhor parte de mim, a parte que me completa. Se fomos feitos um pro outro, fomos feitos pra dar certo, pra durar. Eu não fiz nada pra esse amor nascer, mas faço tudo pra não se acabar. E aqui vai mais uma confissão extremamente óbvia: eu amo tanto você. Promete me amar, nem que de brincadeira?

Aos dois meses de muitos pela frente mô.

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"Dê atenção ao que tem sintonia com você. E toque sua vida, sem agredir."

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