sábado, 21 de agosto de 2010

Talvez o tempo cura



Quanto tempo não paramos e falamos de nós dois? Há quanto tempo não nos vemos mais da mesma forma? Eu acho mesmo é que o tempo nos perdeu de vista. Os segundos pareciam durar anos, noites pareciam inacabáveis e meu sorriso se tornara inalcansável aos meus lábios rígidos e frios. Porque eu acreditei mesmo em você, eu acreditei que o "pra sempre" nos esperava. Mas na nossa caminhada, chegamos nos nossos caminhos, diferentes por sinal, e foi melhor assim. Lembra aquelas tardes ensolaradas? Por muito tempo tornaram-se frias e tristes. As cores já não eram mais vivas, a brisa transformava-se em tempestade e meus olhos marejados buscava alguma forma de ver algo que acalmasse meu coração. Meus olhos queriam mesmo era ver você. Há quanto tempo não nos tocamos? Parece inacreditável que o fim fosse tão próximo do começo. E era tão fácil de se perder dentro daqueles olhos que esbanjava doçura, e por trás dessa doçura, um gosto amargo me enrijecia por inteira. O tempo não parou, não... Na verdade o tempo andou, caminhou, e me encontrou. Hoje as tardes são calorosas, ensolaradas. As cores vivas encantam meus olhos, a tempestade passou e a brisa voltou a acariciar minha pálida pele. Na verdde, o tempo não parou. Na verdade, o tempo fez com que víssemos o quão importante é saber que o tempo não pára. Na verdade, o tempo não apagou você de mim. O tempo me ajudou a esquecer o que eu não esqueci. O tempo... Ah o tempo! Me ajudou a ver que as coisas mudam, o tempo passa e eu estarei aqui, firme e forte. Pois só tempo, é capaz de curar feridas incuráveis, e só o tempo, nos faz levantar depois de um tombo. O tempo nos ensina a viver. Ei, por onde você anda? Talvez o tempo diga o que você não pôde me dizer.

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"Dê atenção ao que tem sintonia com você. E toque sua vida, sem agredir."

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